“Fujam da imoralidade sexual. Todos os outros pecados que alguém comete, fora do corpo os comete; mas quem peca sexualmente, peca contra o seu próprio corpo. Acaso não sabem que o corpo de vocês é santuário do Espírito Santo que habita em vocês, que lhes foi dado por Deus, e que vocês não são de si mesmos? Vocês foram comprados por alto preço. Portanto, glorifiquem a Deus com o corpo de vocês.”
I cor. 6.18-20
A vulgarização e exposição do corpo humano pela mídia, as propagandas de apelo erótico em todos os lugares, a desvalorização dos relacionamentos amorosos, os avanços tecnológicos (internet) para relacionamentos virtuais, a ausência de diálogos de pais e filhos ou filhos e pais, o aliciamento de crianças e jovens para o comércio da prostituição, os constantes escândalos nos meios de comunicação envolvendo pessoas famosas com a pedofilia, a vulnerabilidade socioeconômica de uma significante parcela da classe infanto-juvenil, os mega eventos de apologia aos relacionamentos homoafetivos, a despreparação das instituições educacionais, públicas e privadas, sobre essa temática, a falta de uma legislação mais rigorosa para os crimes sexuais... Poderíamos enumerar muitos outros fatores que têm nutridos uma cultura alienada sobre a sexualidade. As famílias, mas nomeadamente os jovens, tem sido o alvo preferência dessa proliferação louca e distorcida de associar a sexualidade com práticas depravadas do corpo feminino e masculino. Independente de outras concepções, de cunho filosófico ou psicológico, eu prefiro o conceito pedagógico sobre a sexualidade.
“É o desenvolvimento sexual conforme processo de maturação do ser humano como um todo, com seu próprio corpo e do outro, nas idades de natureza pré-estabelecidas biologicamente.”
A sexualidade deve ser trabalhada conforme a idade biológica e o desenvolvimento psicossocial de cada criança. Não tem como uma criança sair do ensino infantil e ir direto para uma universidade. Assim, também não é aconselhável antecipar o desenvolvimento da sexualidade na vida de uma criança ou de um jovem. Deparamo-nos diariamente com pais incentivando precocemente em suas filhas e filhos uma maturação sexual antes de uma idade ideal. Temos crianças que se vestem e se maquiam como se fossem adultas, crianças que “namoram”, assistem com os pais novelas e filmes com insinuação do ato sexual, ouvem música com som e letras de pornográficas... Temos jovens vivendo de masturbação, fazendo sexo com qualquer parceiro (a), mesmo com camisinha, ficando com um e com outro nas baladas, se prostituindo nas noitadas, muitas tem gravidez precoce, sofrem de DSTs, andam seminus pelas ruas, como se estivessem fazendo um apelo à prática do sexo, vivendo um erotismo e uma sexualidade esdrúxula...
O que precisamos entender é que desenvolvimento da sexualidade não está associado apenas às práticas sexuais. Envolve relacionamento de afetividade, estreitas amizade, carinho no outro, um abraço amigo, um segurar na mão, o cuidado com o outro, um olhar meigo, um bate-papo alegre e palavras de elogios. Há muitas outras atitudes e comportamentos que poderíamos agregar ao aprendizado de como lidar com a sexualidade no ser humano. A sexualidade tem que partir de uma postura psicoafetiva de como usar o corpo, a alma e viver meus relacionamentos pessoais, diferente do animal que age por puro instinto. Eles não prevêem, nem tampouco esquematizam como se comportar nos relacionamentos com os outros animais. Mas, tratando de sexualidade, infelizmente, estamos nos tornando uma sociedade com o perfil comportamental de verdadeiros animais. A juventude cristã vive neste contexto sociocultural. Não podemos fechar os olhos. Isso é a vida. Porém, qual tem sido a postura dos jovens cristãos em meio a todo esse bombardeio de informações envolvendo a sexualidade pelos meios de comunicação, nos papos de esquinas, nos corredores das escolas? Muitos jovens cristãos, lamentavelmente, têm sido influenciados por essa atmosfera de sexo desenfreado. De vida promíscua. Estudemos o que a Palavra de Deus nos orienta sobre assa questão.
I - Fujam da imoralidade sexual – Antes de tudo é preciso perceber o que seja imoralidade sexual. Pois, com uma avalanche de informações fantasiosas e naturalizando certos tipos de práticas sexuais como se fossem favoráveis para o amadurecimento da vida dos jovens é preciso sim, apontá-las. Quais os gêneros de perversões sexuais que temos testemunhados dentro de nossa sociedade? BESTIALISMO é a prática sexual de homens ou mulheres com alguma espécie de animal; PEDOFILIA é a perversão sexual em adultos de sentir prazer sexual apenas com crianças; EXIBICIONISMO esse comportamento está relacionado à exibição do corpo sensualmente como meio de provocar ou insinuar desejo sexual na própria pessoa e em suas vítimas; SADISMO experimentar o prazer sexual com o sofrimento ou a dor do outro; MASOQUISMO são pessoas que só sentem prazer sexual através do seu próprio sofrimento ou dor no ato sexual; HOMOSSEXUALISMO é o relacionamento homoafetivo, ou seja, entre pessoas do mesmo sexo; ASSÉDIO SEXUAL é a coerção na busca de tirar vantagens sexuais por pessoas que exercem certo poder hierárquico sobre a outra; ÓRGIAS são praticas sexuais com diversas pessoas e de muitas maneiras; TELE SEXO são bate-papos de disk sexo e chat para encontros reais e sexo por telefones; INCESTO é a relação sexual ou marital entre parentes próximos; PROSTITUIÇÃO é a troca consciente de favores sexuais por interesses não sentimentais, afetivos ou prazer, isso acontece com crianças, jovens e adultos. ESTUPRO é a prática do sexo de forma violenta e brutal sem o consentimento do outro; PORNOGRAFIAS são cenas de sexo explícito ou semiexplícito para apreciação pública, vale à pena ressaltar que hoje vemos essa depravação em novelas, filmes, desenhos e cinemas, independente da idade do público; MASTURBAÇÃO é o ato da estimulação dos órgãos genitais, manualmente ou por meio de objetos para obter prazer sexual, e que envolve fantasias (imaginações) de relações sexuais com outras pessoas. Talvez você conheça outras práticas.
Seguir o conselho bíblico não é fácil. Pois os jovens estão cerceados por este mundo de deturpação da sexualidade. O salmista perguntou – Como pode o jovem manter pura a sua conduta? A resposta é simples – Vivendo de acordo com a palavra (Sl. 119.9). Paulo orienta o jovem Timóteo – Fuja das paixões da juventude e siga a justiça, a fé, o amor, e a paz, com aqueles que, de coração puro, invocam o SENHOR mocidade (II Tm. 2.22a). O jovem José fugiu da mulher de Potifar que tentava seduzi-lo para pecar contra Deus e contra seu senhor (Gn. 39.12). Fugir não é um ato de covardia nestas situações, mas sim, uma atitude de fidelidade aos princípios estabelecidos por Deus. Assim amados jovens, enfatizamos aquilo que nas escrituras sagradas está bem claro “fuja das imoralidades sexuais”. No livro de Gálatas encontramos uma relação interessante de algumas dessas depravações – Ora, as obras da carne são manifestam: imoralidade sexual, impureza e libertinagens... órgias... Eu os advirto, como antes já os adverti, que os que praticam essas coisas não herdarão o Reino de Deus. (Gl. 5.19-21). Deus identifica essas práticas como às obras da carne. E saibam que aqueles que estão vivendo nas práticas da carne não podem agradar a Deus (Rm. 8.8). E a Bíblia afirma que não pode entrar no Reino de Deus. “Carne” significa nossa velha natureza. Aquela vida desregrada que vivíamos antes de aceitarmos Jesus Cristo como Senhor e Salvador de nossas vidas. Porém, amados jovens tenham a certeza que aqueles que estão em Cristo são novas pessoas, e que sua velha natureza já não o domina mais (II Cor. 5.17). Cuidado com a internet, as novelas, os filmes pornográficos, revistas sensuais, piadas imorais, os lugares e os namoros calientes, evitem roupas inconvenientes e selecionem ambientes e amizades. Vigiem para não caírem em tentação (pecado). Deus criou de forma maravilhosa a sexualidade no homem. Ele disse que tudo quanto tinha feito era muito bom (Gn. 1.31). A sexualidade é uma dádiva de Deus para o nosso prazer, não somente sexual, mas também, para o relacionamento afetivo com os outros. Os jovens cristãos têm um grande desafio – servir de padrão ou exemplo de como outros jovens podem viver a sexualidade de forma vantajosa, sem maldade, com respeito e amor ao próximo. De uma maneira que através dela Deus seja glorifica em suas vidas. Amados e amadas guardem a Palavra de Deus em seus corações para não pecarem contra Deus (Sl. 119.11).
CONTINUA...
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